segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ONDE

distante o mar,
o cais, a areia,
no horizonte
crescente deserto,
planando no entanto,
ainda gaivota

na linha,
perdeu-se onde havia

amarelou no cerrado,
flor e flor rebentou,
peneira o polén
pássaro incerto,
onde? aqui e ali,
a pena devota

no chão,
farelo, e o sol a pino

indo-se adentro
avivo chama e nome,
o nó da heresia desatou,
corre na armadilha
distante do mar

à seca,
junta-se a maresia

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