quarta-feira, 27 de julho de 2016

sexta-feira, 22 de julho de 2016

ausência

ando em câmera lenta, lenta,
prá trás e sempre indo, sentindo
o lado esquerdo como direito, a mão dada retirada,
o algodão doce melado
na pele salgada desmanchado;
ando e desando na linha imaginária da rima
desfazendo a mala com passagem só de ida,
despregando o que foi colado;
ando esquecendo rápido o riso na madrugada,
apagando a pegada e o toque da mão na cara suada;
ando querendo andar no ritmo de um cordão,
em câmera lenta pra trás e ficar num tempo
saido do coração atento





quinta-feira, 14 de julho de 2016

O canal da vagina exemplar
de quatro a espiar
a cabeçorra negra,
e a boca horizontal
num muxoxo salivar,
Contata o esguicho alvo
da manga a escapar,
via láctea carnal
universo em contração
no imantado buraco


amante natural
expressa o coração
no gesto corporal