quinta-feira, 6 de maio de 2010

Se...

Se levaste as bem seladas
palavras do mensageiro,
salvas das garras e dos olhos que burlam,
e se depositaste o grão da fidelidade
na palavra digitada,
onde de olhos postos buscas verdades,

Se o fizeste, lembrando o rito essencial,
ao depositário do destino virtual...
E se deixaste a missiva na oceânica tela
existente por detrás dos códigos sutis,

Se na tua lingua cifrada enviaste a mensagem,
e piratas tomaram, assombrando senhas,
sangrando teus medos.

Se ofertaste a fala de tua alma,
e aves de rapina irromperam,
contaminada será a memória
dos gestos que ficarão na lixeira.
Desplugados serão os dias e as
noites e as luas que envias.

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