sábado, 15 de maio de 2010



Quando é que o teu dia encostará no meu,
e a tua noite na minha, subirá lilás?
Quando é que o relógio sumirá e
não terei de andar para trás?
Quando é que te procurar será
te encontrar na flor do meu leito
e andar em círculos será
rodar o meu corpo no teu?
Quando é que a canção dirá
a palavra sul, sempre comigo,
e a estrela do norte no céu azul,
todas as horas,

Te buscar e te encontrar
será tempo achado,
no espaço, no abraço
onde nada caberá senão
o dia em que teu dia
entrar no meu
e a tua noite na minha..

Quando é que o teu dia deixará o meu,
e a tua noite na minha, sumirá?
Se o tempo que tudo conserta,
andar para frente, mesmo incerta?
Quando é que abandonar será
te encontrar de outro jeito, no meu peito
e andar em círculos será voltar para o mesmo lugar?
rodar outras canções, o meu corpo no teu.
Quando é que a tua vinda dirá,
a palavra dorme num leito, a palavra some,
sobe do mesmo jeito que a asa num voo,
para a estrela onde vou.


Te buscar e te encontrar
será tempo achado,
no espaço, no abraço
onde nada caberá senão
inteiro, no dia, na lua cheia
na noite que sobe lilás.

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