sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Nhoque, espumante e revelações no almoço de hoje com a senhora das armas. Pois me contou que sua mãe namorava escondido nos idos de 1911.  Foi seu amor de adolescência, o primo Atahualpa, filho do seu tutor e tio. Havia um tutor, sim, pois a sua mãe, minha bisavó, havia se separado do marido em 1900 (este capitulo já contei pra vocês , está lá, mais para trás) e se casado de novo, não era "bom  criar os filhos num ambiente assim".
Este amor pelo primo, foi proibido pela mãe do mancebo que ameaçou enforcar-se no porão da casa, se insistissem. Fim de assunto. A minha avó foi apresentada a outro pretendente, casou, teve sua família, minha mãe mais quatro irmãos. Contava esta história rindo com os olhinhos bem apertados, uma indiazinha marota, arrematando que no decorrer da vida a tia suicida lhe pedira perdão entre lágrimas, tardiamente arrependida. Hoje a mãe repete esta história, achando graça, entre um meio ponto e um ponto alto.

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