quinta-feira, 12 de novembro de 2009

desde Lefka a Famagusta


Caminhar no entardecer
de Ledraq
esbarrando em muros
esmurrando pedras,
tropeçando na quase noite
da terra cindida.
O mato cresce, linha verde,
sobre as bandeiras e sentinelas
e também há flores por lá,
capões florescidos
no quase médio oriente.
Dentro do coração sangrado da
muralha tecida por venezianos,
fecho meus olhos e corro por Ledr,
rumo à mesquita.
Cruzados dormem na velha catedral.
Tudo continua dividido,
minha pequena Afrodite.
Se os deuses soubessem,
se os deuses vivessem
não nos separariam jamais!
Desde Lefka a Famagusta,
no caminho mediterrâneo,
onde o azul empalidece.

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