quarta-feira, 6 de abril de 2011



começo a viagem
com eles chegando ao caminho das pedras
interdito
ele afável
ela em seu jeito
natural
eles sabem onde vão
eu sei
e por isto
mesmo alhures
testifico
faço um primeiro pesponto
espargindo
um pouco da solução
volátil sobre a pele dela
um pouco fica, algo se libera do extrato
que opera
suave
sobre as superfícies despertas
faço o segundo pesponto
e vejo a tela de nuvens negras
abrir-se em franja ao poente de depois da chuva
feita de um amarelo brancacento
que pensa o branco em mim
assim como quem diz
é só isto
em tudo e por fim
faço então o último pesponto
apanho estas três coisas
e ponho-as em tuas mãos
te beijo
arrumo a cama
e como bem pouco sei de tudo
e pouco resta
durmo




Nenhum comentário:

Postar um comentário