segunda-feira, 25 de abril de 2011


calo

placebo é o que arde nas chagas

um mel destilado azedando a boca

alimenta o tempo

a cura é vertical


marco

na haste o timbre da gota

ainda lamenta a sombra

percebo a agulha na superfície

o poro engole o que é igual

qual corpo na travessia do espelho


parto

o raio lança contrários na cópia

há silêncios demais nas metades

esfrego o gomo na córnea opaca

vejo atrás o oceano calmo

Nenhum comentário:

Postar um comentário