domingo, 2 de janeiro de 2011

Fronteira

Maracujá abriu-se:
Mil pontos luzindo sanguíneos
a cor do céu.
Pensamento alforriado
de uma terra à outra,
água de ninguém.
Ao léu, a linha marca,
tange a bandeira que falta
no meu e no teu mapa.
Mil pontes sob o mesmo arco
costurando a luz.
Sangrado em parca semente,
um ponto junta-se
onde tu e eu
somos metade.
Abre-se o fruto:
mil pontos luzindo a dor
que nos desata.

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