sábado, 25 de julho de 2015



deixo uma lâmpada acesa,
para quando encontrares palavra
possas reconhecer
na luz pouca, uma canção

deixo um verso, uma reza
num banco de praça qualquer
como vestigio branco da tarde
na lente clara do olhar

deixo um pássaro, uma pena
um jeito de voltar em câmera lenta,
no sol ou na chuva,
nesse tanto, um pedaço de espera

procuro pouso incerto
na soleira, um cão








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