quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

pra brincar com a tua ausência


amor devagarinho, mar vindo,
deixando espuma, rastro, pergunta...
por que a guria do bom fim não olha mais pra mim?
o mar, nem responde...a espuma some!
onde houve um caminho, a areia levou,
palavras, lavou o mar...é,
meu coração, país distante...

na avenida, palmeira, fuligem,
da osvaldo até o sem fim,
lá, onde a beleza tanta se perdeu,
e a lua branca busca do olhar, o espanto.
luar tamanho, nem responde, fome,
amuleto e bem querer!
esse som, que não quer ser...


e assim...em teu pretenso amor...
desde maomé à espuma do chope,
barriga de botequim,
calça caída, óculos enfim...
de perto e de longe, o carinho é tanto,
não mede, visão oscilante,
nem cantando desafinado, ó encanto!

porque a guria do bom fim não olha mais pra mim?
consultório sentimental, anexos de avalon..
runas e caminhos da redenção...
o recanto chinês é um pagode da emoção;
só sabe quem tem amor devagarinho,
mediação zen, levitação sem mogadon,
da esquina maldita, até onde se perde o lugarejo.

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