Esperei até o último momento para desejar a todos, principalmente a todos os que se lembraram de mim e me acompanharam durante este ano, um Feliz Ano Novo.
Esperei porque queria oferecer-lhes algo novo. Mas depois de tantos novos anos, o que me ocorre é a velha palavra, a mais bonita, a que mais perseguimos e pedimos: esperança. E mais: que não nos abandone, não deixe que o peso dos anos vá apagando a chama tão necessária para continuarmos olhando para o futuro. Se será bom, se não será, isso não vem ao caso. O que importa é que estamos aí, e cada um de nós, de formas diferentes, enfrentamos nosso próprio destino.
São as mesmas as perguntas e indecifráveis as respostas. A velha palavra é, todos os anos, a mais nova, a mais capaz de nos fazer juntar forças para enfrentar desacertos, fatalidades e espantos.
Nunca contamos se durante o ano passamos mais ou menos contentes. Mais indignados do que entediados. Mais orgulhosos do que simples. Também não interessa. Passou. Agora é olhar o que vem por aí, e não é novidade para ninguém as palavras do poeta: "O primeiro amor passou, o segundo amor passou, mas o coração continua". A poesia sempre estará aí para nos salvar. E com ela estamos prontos.
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