Queres-me terno, dizes abominar a violência
e não percebes que o tesão nada tem a ver com delicadeza
Queres-me sábio
dizes desejar ser feliz
e não percebes que na felicidade há algo de obsceno
Queres-me olímpico
dizes invejar o meu gozo agitado
e não percebes o êxtase voluptuoso na tua venturosa calma
Queres-me santo
dizes ansiar pelo sublime
e não percebes que a língua que profere a palavra sagrada
é a mesma que lambe o cu
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