que s`apelle Zelahmak
-entre l'âme et le corps-
comme un arrière goût de never more,
fico com a alma e sua tatuagem
o guarda-chuva é uma aranha que não descola da teia
tempestade, torce e vira do avesso
varetas chacoalham as patas
dançam para o céu
a esquina chega, vence o vento
que açoita o inseto
entregue e cansado, murchando as arestas
é o inicio da noite que finda a batalha
a aranha está morta.
sua teia escorre e fecha sobre mim
tem uma coisa que vi que não quero desver, uma lembrança que não quero esquecer, um lugar que não quero deixar, alma silenciosa. tem um mar que atravessei que me atravessou, um sal entranhado na pele que não quero raspar, uma viagem que mingua a lua, alma inquieta, e por não saber, a cada manhã acordo com a mesma imagem, da noite clara e distante no mapa do céu invernal onde naufraguei, alma cansada! |
Já te despedes de mim, Hora.
Teu golpe de asa é o meu açoite.
Só: da boca o que faço agora?
Que faço do dia, da noite?
Sem paz, sem amor, sem teto,
caminho pela vida afora.
Tudo aquilo em que ponho afeto
fica mais rico e me devora.
Queres-me terno, dizes abominar a violência
e não percebes que o tesão nada tem a ver com delicadeza
Queres-me sábio
dizes desejar ser feliz
e não percebes que na felicidade há algo de obsceno
Queres-me olímpico
dizes invejar o meu gozo agitado
e não percebes o êxtase voluptuoso na tua venturosa calma
Queres-me santo
dizes ansiar pelo sublime
e não percebes que a língua que profere a palavra sagrada
é a mesma que lambe o cu