segunda-feira, 31 de outubro de 2016

levo a morte todo dia a passear
no parque, no café, nas noites de luar
animal estimado de bote certeiro,
nem coleira, 
livre, vai comigo porque quer, 
não há enganos entre nós, 
nem promessas
andamos libertas, sem rodeios 
temos uma a outra, como garantia
sem golpes, confiamos nos belos dias
e nos divertimos como vadias
a cada galanteio, generosa,
envia pequenas mortes
a cada novo amor, 
e me encanto
corro nua então, 
dou saltos mortais
sou sua, única e leal,
ainda, no fim, recebo rosas





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