sexta-feira, 20 de janeiro de 2017


tem noites que o mar vigia,
a espera tem um verso na mão 
traz lua e estrela guia,
promessas ocultas na escuridão
entre o cotovelo e o coração, 
encontre este ocidente e se oriente, 
ou seja para sempre uma dor
não é lassie, nem rintintin
nem o cão andaluz
o que me segue
o demo faminto
o que me seduz
é o caminho
clara luz depois da chuva,
fiquei na porta
sem vontade de ser nada
largo é o mar
que tem estrela no fundo
e infinito no azul

domingo, 8 de janeiro de 2017

e quando o teu rosto cobre o meu
durmo, sonho, tudo é paz
num pedaço do mar Egeu

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

cortei maracujá no meio,
mil pontos sanguíneos,
era a cor do céu,
era o pensamento alforriado
de uma terra à outra,
água de ninguém.
ao léu, a linha marca,
tange a bandeira que falta
no meu e no teu mapa.
mil pontes sob o mesmo arco
costurando a luz.
sangrado em parca semente,
um ponto junta-se
onde tu e eu
somos metade.
Abre-se o fruto:
E a dor
que nos parte