ando em câmera lenta, lenta,
prá trás e sempre indo, sentindo
o lado esquerdo como direito, a mão dada retirada,
o algodão doce melado
na pele salgada desmanchado;
ando e desando na linha imaginária da rima
desfazendo a mala com passagem só de ida,
despregando o que foi colado;
ando esquecendo rápido o riso na madrugada,
apagando a pegada e o toque da mão na cara suada;
ando querendo andar no ritmo de um cordão,
em câmera lenta pra trás e ficar num tempo
saido do coração atento
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