segunda-feira, 21 de março de 2011

Vaga-lumes


Colher da tristeza o pão
Beber do tropeço o vinho
Iluminar a paixão
Com a s velas que há no caminho

A vida não é canção
Que a gente entoe sozinho
Quem cai (não passa do chão)
Na terra que é nosso ninho

Lanhado pelo punhal
Dos pesadelos medonhos
Banhados de sol e sal
E luas cheias de sonho

Na minha luta final
Não pesam perdas e ganhos
Valeu (o prazer mortal)
A dor que não tem tamanho

Terra de sol, terra de azuis
De céus, borboletas, uis
De espinhéis, de ais
De anzóis, farois, solidões

Terra de mais, terra de alguns
De nós, vaga-lumes sós
De bordões, de cães
De Ladrões, sem mãe
Canções sem cais, multidões

Nenhum comentário:

Postar um comentário