sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Na Praia do Morro
De tudo, ao mar serei de amores e mais,
navio embarcado vazio, para nele deixar o credo,maré cheia, estrela vaga com a lua de tempos atrás.
De tanto buscar, no alto nua navego,
se crescente, ondulo, prata no cais,
ouro flutuo, calma na esfera.
Cobiço poetas e mendigos. Bebem cegos,
loucos e crédulos. Seguem o brilho na areia,
já sem se importar, miragem de outros mistérios.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Belém
Tristão e Isolda
Sobre o mar de Setembro velado de bruma
O sol velado desce
Impregnando de oiro a espuma
Onde a mais vasta aventura florece.
Tristão e Isolda que eu sempre vi passar
Num fundo de horizontes marítimos
Trespassados como o mar
Pela fatalidade fantástica dos ritmos
Caminham na agonia desta tarde
Onde uma ânsia irmã da sua arde.
Tristão e Isolda que como o Outono,
Rolando de abandono em abandono,
Traziam em si suspensa
Indizivelmente a presença
Extasiada da morte.
O mar é o mundo
´´
E vejo-me fazendo a viagem de volta,
colando ponteiro em bússola,
acordando para trás relógios e rotas,
tomando imagens de Nossa Senhora,
- Protegei os navegantes,
eles não sabem o que fazem-
das Indias, das especiarias, das tormentas.
O oceano calmo, o oceano ânimo,
e eu a respirar debaixo d'água,
e eu a voltar para a terra de onde nunca saí.
Que porto me acolherá?
Será noite, será norte?
Será a terra que divisava outra terra dividida,
metade tua, metade alheia?
E eu a soprar velas e eu a abanar lágrimas.
E a terra a se afastar e o mar a se apartar,
e o porto e o destino.
O mundo é o mar, e eu querendo voltar,
e eu querendo...
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
pra brincar com a tua ausência
amor devagarinho, mar vindo,
deixando espuma, rastro, pergunta...
por que a guria do bom fim não olha mais pra mim?
o mar, nem responde...a espuma some!
onde houve um caminho, a areia levou,
palavras, lavou o mar...é,
meu coração, país distante...
na avenida, palmeira, fuligem,
da osvaldo até o sem fim,
lá, onde a beleza tanta se perdeu,
e a lua branca busca do olhar, o espanto.
luar tamanho, nem responde, fome,
amuleto e bem querer!
esse som, que não quer ser...
e assim...em teu pretenso amor...
desde maomé à espuma do chope,
barriga de botequim,
calça caída, óculos enfim...
de perto e de longe, o carinho é tanto,
não mede, visão oscilante,
nem cantando desafinado, ó encanto!
porque a guria do bom fim não olha mais pra mim?
consultório sentimental, anexos de avalon..
runas e caminhos da redenção...
o recanto chinês é um pagode da emoção;
só sabe quem tem amor devagarinho,
mediação zen, levitação sem mogadon,
da esquina maldita, até onde se perde o lugarejo.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Quero Voar
o labirinto
saiu de dentro de mim,
louca arquiteta
que imaginou corredores,
espelhos,
ogivas góticas
e nesse projeto sem meta se perdeu
o labirinto
não tem saída,
minto, há torres altas
com janelas que dão para o infinito;
bastam o mito,
duas asas de cera,
um golpe de vento,
um transe de vinho tinto
para fugir,
alçar voo em direção ao céu,
ave dourada que se derrete sobre o mar
em lágrimas de mel.
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