sábado, 14 de agosto de 2010
reflexões do mar
Sem pátria nem norte,
gravita na galáxia,
morna pele procurando sol;
no sul do frio, a estética do
gelo, rente às juntas.
Apátridas em revoada ao norte,
comportam lembranças únicas,
levados pelo exílio de ventos,
aguardam o rito, esférica gana,
quente o brilho que tudo unta.
E palos e minuanos, farrapos
congelados derretem-se,
na fémea concha,
virando espuma.
Na luz, opaca lembrança,
nascida gêmea da coberta;
a pele nua encontra guarida
e pátria!
entre mar
e coqueiral,
corpo lento
asfixia o sol
margem verde
desfaz-se branca
sob o peso azul do ar
Circe grita.
Cala distante,
veloz jangada.
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Corta como faca.
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