terça-feira, 8 de junho de 2010

Aqui


Digo, tremendo e fatigada:
- da poesia... nem sinais!
Nada que fique digitado
sem acenos da grafia,
um acento, um til, por exemplo,
ou outro que defina, acentuando o que nego.
Do dano de ignorar o teclado de um computador insano,
de procurar sem encontrar um manual, um apego
para guiar-me lomba abaixo dessa nomenclatura do brother.
Sim, o computador que o diabo amassou existe,
encontra-se debaixo desses dedos que sofrem uma coceira,
tipo de vontade primeira de fazer assertivas com negativas e
mostrar substantivos graves com cara aguda, onde encontrar
a crase e o toque que diga:
Aqui.
Resignada encerro esse lamento, e prometo escrever
outras palavras com a gravidade da descoberta de um sambaqui.

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