Déjà vu
apressa-te lentamente
enquanto me movo no teu corpo,
tua língua inscreve outras línguas
deixando o óleo da tua passagem
escreve-te lentamente
enquanto deslizo no teu sexo
e deixas a morte e deixas o bem
como sombra alongada sobre mim
acende lentamente uma a uma
as constelações que pulsam dentro de mim,
tua pele reflete na minha o lugar marcado
que há de ficar fulgurando dia e noite
vive lentamente enquanto desertas de ti,
e de mim, no reencontro vive,
deixa-me lentamente
com o universo estar
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