mais uma vez
guardo a granada do lado esquerdo
me atiro no texto obscuro sitiado de interjeições
- olá…sim…bem…no entanto…quero tanto…
stop
respostas benevolentes metralham negativas
arrisco o fogo amigo
no entanto, na vala textual a dor inunda
a palavra na boca do estomago arde
e a cabeça pende no latejo humilhante
antes de perder a memória
levo a mão no peito
arranco o pino
engulo a isca da palavra
arde a sedução
sangra de todo a coisa sagrada
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
sábado, 4 de fevereiro de 2017
por exemplo
essa trêmula, veloz alegria
prende minha voz
palavras são ninhos no dia
seguram sentimentos e passarinhos
por vezes penas voejam,
prende minha voz
palavras são ninhos no dia
seguram sentimentos e passarinhos
por vezes penas voejam,
por exemplo,
tua pele e a frágil beleza humana
carimbada na minha,
(passo as mãos abertas em vôo
no pequeno espaço entre desenho e gozo)
a noite escoa sem que eu lembre das despedidas,
tua pele e a frágil beleza humana
carimbada na minha,
(passo as mãos abertas em vôo
no pequeno espaço entre desenho e gozo)
a noite escoa sem que eu lembre das despedidas,
por exemplo,
emudeço, me comovo sem dizer
passo o lábio devagar no começo do céu que clareia,
calo, vejo o mapa traçado,
emudeço, me comovo sem dizer
passo o lábio devagar no começo do céu que clareia,
calo, vejo o mapa traçado,
por exemplo,
o trajeto entre janeiros e
a linha do tempo apagada no leito,
sorrio devagar, depois como um rio na correnteza, me entrego
o trajeto entre janeiros e
a linha do tempo apagada no leito,
sorrio devagar, depois como um rio na correnteza, me entrego
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
e se o coração bate loucamente
como se não houvesse paz
arritmia, brother, carece de mais
um eletro de esforço na esteira de pluma,
um sopro na nuca
que nunca passe do som de um peito estremecido
em busca do seu direito,
fibra por fibra deixar a alma
e a calma vencidas na luta
entre a morte pequena e a eternidade
como se não houvesse paz
arritmia, brother, carece de mais
um eletro de esforço na esteira de pluma,
um sopro na nuca
que nunca passe do som de um peito estremecido
em busca do seu direito,
fibra por fibra deixar a alma
e a calma vencidas na luta
entre a morte pequena e a eternidade
Odoiá,
Iemanjá com sua roupa de mar
contas azuis na espuma a rolar
já vem a mãe, já vem a guia
pelas ondas em sintonia
Iemanjá das ondas, da vida em movimento
leva pra longe a mágoa e deixa o momento,
navegar nos braços do marinheiro
do marinheiro livre,
atravessar as margens do tempo Inteiro
do tempo que mantive,
companheiro das travessias
longe dos continentes
Iemanjá, mulher, orixá,
retorno do bem
odoiá!
Iemanjá com sua roupa de mar
contas azuis na espuma a rolar
já vem a mãe, já vem a guia
pelas ondas em sintonia
Iemanjá das ondas, da vida em movimento
leva pra longe a mágoa e deixa o momento,
navegar nos braços do marinheiro
do marinheiro livre,
atravessar as margens do tempo Inteiro
do tempo que mantive,
companheiro das travessias
longe dos continentes
Iemanjá, mulher, orixá,
retorno do bem
odoiá!
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